sexta-feira, 31 de maio de 2013

Gases Nobres

Gases Nobres

Os elementos conhecidos como gases nobres  hélio (He), neônio (Ne), argônio (Ar), criptônio (Kr), xenônio (Xe) eradônio (Rn) pertencem ao Grupo 0 (zero) ou 18 da tabela periódica. É apropriado incluir uma descrição deste grupo de elementos conhecido em um capítulo dedicado aos halogênios, porque o flúor  é o único elemento conhecido que entra em combinação química direta com os dois gases nobres mais pesados, o xenônio e o criptônio, resultando em compostos estáveis.
Os gases nobres ocorrem na natureza como constituintes menos abundantes da atmosfera. A primeira indicação da existência dos gases nobres foi divulgada pelo químico inglês Cavendish, em 1784. Após ter, repetidamente, provocado centelhas no ar com excesso de oxigênio, na presença de álcali (que absorve os óxidos de nitrogênio assim formados, bem como o dióxido de carbono originalmente presente), e ter removido o excesso de oxigênio que não havia reagido, ele observou que restava sempre o mesmo volume residual de gás ─ cerca de 1/120 do volume inicial do ar.
Em 1894, dois outros cientistas ingleses, Ramsay Lord Rayleigh, isolaram o primeiro gás nobre que se conheceu, que é o mais abundante gás nobre do ar, designando-o argônio. Ar (que significa o preguiçoso), por causa do seu malogro nas tentativas de fazê-lo reagir com as outras substâncias químicas. O gás nobre isolado a seguir foi o hélio, obtido em 1895 pelo aquecimento de um minério de urânio, de modo que aquele gás, preso nas suas cavidades, foi liberado (o gás lá estava como um produto da desintegração, radioativa do urânio). Vinte e sete anos antes de ser isolado na Terra, o hélio fora identificado na cromosfera do sol (daí o seu nome), por meio de análise espectroscópica.
Num período de seis anos após a descoberta do hélio por Ramsay e Lord Rayleigh, todos os outros gases nobres foram isolados e caracterizados. Nos sessenta anos seguintes, os químicos, de modo geral, acreditavam que os gases nobres seriam incapazes de formar compostos químicos normais; nesse período, falharam todas as tentativas de preparaçãode compostos dos gases nobres. Só em 1962, o químico inglês Neil Bartlett teve sucesso na preparação do primeiro verdadeiro composto de um gás nobre, o sal sólido, cristalino, Xe+[PtF6]-; isso foi conseguido pela reação do gás xenônio, com vapor de hexafluoreto de platina, PtF6. Após a descoberta desse primeiro composto, vários trabalhos foram efetuados para investigar técnicas experimentais adequadas à preparação de compostos dos gases nobres e para, com fundamento em considerações teóricas, explicar a sua estabilidade e tipo de ligação. Esses estudos têm demonstrado que, estabelecidas as condições experimentais adequadas, podem-se isolar diversos compostos dos gases nobres – e eles são estáveis em condições ordinárias, caso seja negativa a energia da sua reação de formação, ∆Gform < 0.

Larissa Tourinho 8ªm2

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